mardi 31 décembre 2013
mardi 24 décembre 2013
lundi 23 décembre 2013
A história da carta para Papai Noel
A Carta ao Pai Natal é uma tradição que nasceu quase ao mesmo tempo que a
chegada do personagem Papai Noel, na França, em meados do século XX.
Todos os anos, milhares de crianças escrevem uma carta ao Papai Noel, um
pequeno texto com uma lista de presentes que eles gostariam de ganhar em 25 de dezembro.
Esta carta permite aos pais, de uma forma indireta, saber o que poderia comprar
para os filhos e presenteá-los no Natal!
Muitas crianças acreditam, e você?! ...
Gostaria de voltar a ser criança...
O endereço oficial do Papai Noel para a criança francesa que deseja
escrever pelo correio é o seguinte:
Papai Noel
1, Chemin des Nuages
Pólo Norte
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Organiza o Natal
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Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses;
imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa
divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não
parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do
homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas
obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã
à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à
cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e
subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de
fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o
desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina
de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira
com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado
espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre
nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e
alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O
correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de
Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda
pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A
crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de
um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o
Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do
amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e,
sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta
à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram;
equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para
ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e
semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma
palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da
vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do
campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de
conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do
amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão
a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um
exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a
existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que
bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.
E será Natal para sempre.
Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.
Do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora -
Rio de Janeiro, 1972, pág. 52, de Carlos Drummond de Andrade.
samedi 21 décembre 2013
Dezembro em Paris... Natal!
No
Natal Paris é assim!!
Les
Quatre Temps – Cnit
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Passage
du Havre
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Printemps
Haussmann
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Galeries
Lafayette
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Avenue
des Champs-Élysées
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mardi 17 décembre 2013
Percepção de Solidão
“Uma
mulher entra no cinema, sozinha. Acomoda-se na última fila. Desliga o celular e
espera o início do filme. Enquanto isso, outra mulher entra na mesma sala e se
acomoda na quinta fila, sozinha também. O filme começa.
Charada:
qual das duas está mais sozinha?
Só
uma delas está realmente sozinha: a que não tem um amor, a que não está com a
vida preenchida de afetos. Já a outra foi ao cinema sozinha, mas não está só,
mesmo numa situação idêntica a da outra mulher. Ela tem uma família, ela tem
alguém, ela tem um álibi.
Muitas
mulheres já viveram isso - e homens também. Você viaja sozinha, almoça sozinha
em restaurantes, mas não se sente só porque é apenas uma contingência do
momento - há alguém a sua espera em casa. Esta retaguarda alivia a sensação de
solidão. Você está sozinha, não é sozinha.
Então
de repente você perde seu amor e sua sensação de solidão muda completamente.
Você pode continuar fazendo tudo o que fazia antes - sozinha - mas agora a
solidão pesará como nunca pesou. Agora ela não é mais uma opção, é um fardo.
Isso
não é nenhuma raridade, acontece às pencas. Nossa percepção de solidão
infelizmente ainda depende do nosso status social. Se você tem alguém, você
encara a vida sem preconceitos, você expõe-se sem se preocupar com o que pensam
os outros, você lida com sua solidão com maturidade e bom humor. No entanto, se
você carrega o estigma de solitária, sua solidão triplicará de tamanho, ela não
será algo fácil de levar, como uma bolsa. Ela será uma cruz de chumbo. É como
se todos pudessem enxergar as ausências que você carrega, como se todos
apontassem em sua direção: ela está sozinha no cinema por falta de companhia!
Por que ninguém aponta para a outra, que está igualmente sozinha?
Porque
ninguém está, de fato, apontando para nenhuma das duas. Quem aponta somos nós
mesmos, para nosso próprio umbigo. Somos nós que nos cobramos, somos nós que
nos julgamos. Ninguém está sozinho quando curte a própria companhia, porém
somos reféns das convenções, e quando estamos sós, nossa solidão parece piscar
uma luz vermelha chamando a atenção de todos. Relaxe. A solidão é invisível. Só
é percebida por dentro.”
(Martha
Medeiros)
Chove em Paris
Mesmo
na chuva Paris é maravilhosa!
Dezembro é um mês geralmente úmido.
Eu
particularmente prefiro a primavera e o verão..., mas Paris é linda
em qualquer época do ano.
Amo!
J’aime...!!
Viajo Sozinha
“Viajo sozinha com o meu coração
Não ando perdida, mas desencontrada
Levo o meu rumo na minha mão”
(Cecília Meireles)
Só...
Sinto a falta dele...
mas não me sinto sozinha, porque ele vive no meu coração... apenas saudades...
Annie Belle
Amar...
"Quando se ama não é preciso entender o que se
passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós".
(Clarice Lispector)
A moça que não era Capitu
“A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos
de ressaca – levanta e segue em
frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber
que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma,
na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda.”
(Caio F. Abreu)
samedi 7 décembre 2013
Les Esprits des Fleurs
LES
ESPRITS DES FLEURS
(Alphonse
de Lamartine 1847)
VOYEZ-VOUS
de l'or de ces urnes
S'échapper ces esprits des
fleurs,
Tout trempés de parfums
nocturnes,
Tout vêtus de fraîches
couleurs?
Ce ne sont pas de vains
fantômes
Créés par un art décevant,
Pour donner un corps aux
arômes
Que
nos gazons livrent au vent.
Non chaque atome de matière
Par un esprit est habité ;
Tout sent, et la nature
entière
N'est
que douleur et volupté !
Chaque
rayon d'humide flamme
Qui
jaillit de vos yeux si doux;
Chaque
soupir qui de mon âme
S'élance, et palpite vers
vous;
Chaque
parole réprimée
Qui
meurt sur mes lèvres de feu,
N'osant
même à la fleur aimée
D'un
nom chéri livrer l'aveu ;
Ces songes que la nuit fait
naître
Comme pour nous venger du
jour,
Tout prend un corps, une
âme, un être,
Visibles, mais au seul
amour !
Cet ange flottant des
prairies,
Pâle et penché comme ses
lis,
une
de mes rêveries
Restée
aux fleurs que je cueillis.
Et
sur ses ailes renversées
Celui
qui jouit d'expirer,
Ce
n'est qu'une de mes pensées
Que
vos lèvres vont respirer.
Felicidade
(...)
A felicidade entrou com o pé na porta e sentou ao meu lado. Eu não estava mais
sozinha esperando o espéculo. O trânsito todo parado e ela acena no carro ao
lado, depois morre de vergonha e toma bronca do pai para sentar direito na
cadeirinha. O dia meio cinzento, vai-não-vai e de repente ela surge amarela e
esquenta a vida. Ela mora numa gaveta cheia de bobeirinhas lá em casa
...
Ela toma banho comigo quando a água leva embora coisa ruim e renova a alma e
dorme ao meu lado quando eu descanso...
(Tati
Bernardi)
Serenata
"Permita
que eu feche os meus olhos,
pois
é muito longe e tão tarde!
Pensei
que era apenas demora,
e
cantando pus-me a esperar-te.
Permita
que agora emudeça:
que
me conforme em ser sozinha.
Há
uma doce luz no silêncio, e a dor é de origem divina.
Permita
que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e
aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo"
(Cecília
Meireles)
jeudi 5 décembre 2013
O Amor não tem pressa
“Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em
silêncio
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar”
(Chico Buarque)