samedi 13 octobre 2012

Uma Verdadeira Viagem aos Loucos Anos 60

 
 
A história dos Beatles, a maior banda de rock de todos os tempos, começou como uma brincadeira de adolescentes entre John, Paul e George. “De repente, nós encontramos outro garoto. E todos arrumaram instrumentos”, contava John Lennon sobre a formação do conjunto. Em The Beatles Anthology, os quatro rapazes de Liverpool narram pela primeira vez a saga do grupo.
 
Paul, George e Ringo passaram seis anos dando entrevistas aos organizadores do volume. Os depoimentos de John foram pinçados de diversas fontes. O todo compõe uma espécie de autobiografia organizada cronologicamente, com belo acabamento gráfico. O livro, escrito em inglês, teve lançamento simultâneo no dia 5 no Japão, nos Estados Unidos e no Brasil, com preço médio de US$ 50. Nas livrarias brasileiras, varia de R$ 98 a R$ 170. Vem no idioma original.
 
Para os beatlemaníacos, as novidades são poucas. Mas os fãs fizeram fila em toda parte para comprar Anthology. Querem reviver os sucessos da banda mais popular do planeta, conhecer os pormenores de cada gravação ou entender os motivos que levaram à dissolução do grupo.
 
Está tudo lá, narrado por John, Paul, George e Ringo: os bastidores de composições como ”Help” e “Strawberry Fields Forever”, a relação tumultuada com o empresário Brian Epstein, as brigas, as drogas e as inúmeras fotos inéditas do arquivo pessoal de cada músico. Além de tudo, o distanciamento fez com que o senso de humor característico da banda aflorasse com mais força.
 
O fim dos Beatles, em abril de 1970, está contado em detalhes. Fica evidente que a decisão de desfazer o grupo passava pela cabeça de todos quando John Lennon, apaixonado por Yoko Ono, resolveu partir para a carreira-solo. Os conflitos por causa dos direitos autorais de cada um também contribuíram para azedar o relacionamento dos quatro amigos.
 
Com Anthology, Paul, George e Ringo fazem as pazes com o passado. Os ressentimentos em relação a Lennon ficaram para trás. McCartney confessa: “Eu era fã de John. Acho que todos éramos”.
 
 (por Joana Monteleone / Revista Época)