samedi 2 février 2013

Segredos do Amor


Tenho pensado sobre o amor, nesses dias de férias, esse assunto sempre esteve presente em minhas reflexões, nos momentos em que estou só e mesmo com a presença de Le Chanteur que me faz muito feliz.
Pergunto sempre que sentimento é esse que une dois seres em uma vida. Será que casais felizes têm um segredo? Qual será ele? Curiosidade minha, mas sempre que conheço um casal feliz, passo a observá-los um bom tempo, e geralmente peço para contarem sua história de como se conheceram, o que fazem para manter o sentimento amoroso jovial como no início do romance.
Confesso que tenho muitas histórias, teorias que vou arquivando, a forma de entender esse mistério. .. 

O AMOR ...!

Como sou leitora assídua, insaciável, a busca de respostas para meus questionamentos,  encontrei um texto, simples e perfeito que explica, detalha muito bem isso tudo. O texto é do professor Hermógenes, um dos ícones do yoga no Brasil que fala com significância para quem viveu realmente um grande amor, que durou a vida inteira, uma experiência própria.

Transcrevo aqui:

‘Portanto, o que Deus juntou não separe o homem…’
Quando é que podemos dizer que ‘Deus juntou’?
Quando, diante da lei, os nubentes assinaram o contrato?
Será o contrato o vínculo de Deus?
Um casal se une diante de um altar, perante um sacerdote e testemunhas…
O ritual será o vínculo de Deus?
O elo Divino não é feito de papel, nem de cerimônia pomposa.
Que é este misterioso vínculo indissolúvel, que o homem não pode separar?
É Deus mesmo que o define:
‘De modo que não são dois, mas uma só carne…’
Esta é a Divina União, que Deus abençoa e os homens não desfazem.
É o próprio Deus.
Deus, que é Amor.

Amor não é aquele que só consegue amar a perecível forma.
Por ser fácil, é vulgar amar a formosura da forma.
Esse amor, que não vai além do apetite estético, é tão vulnerável quanto a própria beleza transitória. Dura somente o tempo que dura aquilo que o tempo, a doença e a morte desfiguram e extinguem.
O Amor liberto do tempo, das injunções existenciais, o Amor que perdura, os vulgares não conhecem, pois não entendem o que é amar a Essência, que transcende as formas.
Somente os que já conseguiram penetrar em algumas camadas mais sutis e profundas de seu próprio universo interno, portanto, mais longe do ilusório, são capazes da libertadora aventura, da transcendente ventura de Amar.
Este amar Real também goza a forma.
Mas, em realidade, ama a Essência, que lhe dá Eternidade, Infinitude, Transcendência, Felicidade, Plenitude.”

(Prof. Hermógenes, Mergulho na Paz, p. 219)