(...)
A felicidade entrou com o pé na porta e sentou ao meu lado. Eu não estava mais
sozinha esperando o espéculo. O trânsito todo parado e ela acena no carro ao
lado, depois morre de vergonha e toma bronca do pai para sentar direito na
cadeirinha. O dia meio cinzento, vai-não-vai e de repente ela surge amarela e
esquenta a vida. Ela mora numa gaveta cheia de bobeirinhas lá em casa
...
Ela toma banho comigo quando a água leva embora coisa ruim e renova a alma e
dorme ao meu lado quando eu descanso...
(Tati
Bernardi)