Nestes dias frio adoro um lugar de Paris que combina com um clima
decadente ; muitas fotos de artistas nas paredes, algumas pinturas a óleo,
esculturas, peças históricas, entre elas uma trombeta tibetana, pele de jacaré,
casca de tartaruga, e muitas bizarrices, um estilo exótico e autêntico. A luz
amarela vinda de abajures destaca o tom âmbar do café/bar e tem um jardim nos
fundos, o que permite a entrada de luz que quebra um pouco a penumbra.
Em conversa com a Louise
e o Julien, assíduos frequentadores do local, descobri que um dos proprietáríos
de L’Industrie, fala português e morou por algum tempo no Rio de Janeiro e na
Bahia como também em outros lugares do mundo, e ainda, que trabalha seis meses
no café/bar e seis meses viaja, o que justifica as peças da decoração do ambiente.
Aproximadamente a dez minutos de casa caminhando, mesmo no frio, faz muito
bem. Pedimos a garçonete um brunch a 17 euros, com bebida quente, brioche e ovos mexidos com salmão e espinafre e outro
com ovos mexidos, salsicha, bacon e pimentão. Junto, vem também a sobremesa,
arroz doce com caramelo na manteiga salgada, uma delícia. Tudo muito simples,
tanto que faz o gênero bem característico de meu lindão “Chanteur” não há luxo,
apenas aconchego, principalmente nesses dias frios ou chuvosos.
O ambiente
acolhedor e simpático inclui uma playlist com muitas músicas brasileiras e
ótimo jazz americano. Louise e Julien nos sugeriram para apresentar as músicas
do querido Mato Grosso do Sul. Estou empenhada e quem sabe, na próxima vez, na playlist esteja inclusa as músicas: Tocando em frente, Um violeiro
toca... e a que adoro... Cavaleiro da lua... !